
Na última sexta-feira (20), uma mulher foi detida pela Polícia Militar por agressão, injúria racial e homofobia contra funcionários e clientes de uma padaria em São Paulo. De acordo com comunicado divulgado pelo estabelecimento no Instagram, a mulher insultou e agrediu funcionários e clientes que se mobilizaram para defendê-los.
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O vídeo divulgado pelo G1 mostra a mulher — Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos —, questionando se aquela “era uma padaria gay” e dando tapas em um cliente. A certa altura, foi ouvida dizendo “você só serve para pegar meus restos” — entre tapas, arremesso de objetos e ofensas como “bicha” e “viado“.
A padaria chamou a polícia, que a prendeu em flagrante. Os funcionários e clientes agredidos prestaram depoimento e a padaria diz ter se colocado à disposição das autoridades e a ceder as imagens de suas câmeras de segurança.
Mulher paga fiança e é solta
Levada, ainda na noite da sexta-feira, à 91ª Delegacia de Polícia, Lidiane foi solta sob fiança no sábado. De acordo com o B.O., a advogada foi presa em flagrante por lesão corporal, injúria e homofobia, praticada contra dois jovens artistas que estavam jantando em uma mesa próxima.
“Sabe o que você traz? Aids. Sabe o que você traz? Câncer”, disse Lidiane ao artista Ricardo Boni Gattai Siffert. Momentos depois, ela foi vista puxando os cabelos do rapaz e deferindo tapas contra o rosto dele.
Juristas ouvidos pelo Estadão explicam que, caso seja provada a incapacidade total da advogada em reconhecer a ilicitude dos seus atos, ela não será punida criminalmente pelos atos. Ainda assim, ela pode ser condenada pela esfera cível, podendo ser responsabilizada e impelida a ajuizar as vítimas pelos danos morais, materiais e prejuízos físicos.
Com informações do Estadão