O Ministério da Saúde não consultou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas acima dos 18 anos, anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (16).
A Anvisa é responsável por aprovar as vacinas no país e afirma não ter sido consultada sobre as mudanças.
Portanto, a aplicação da dose de reforço ou adicional anunciada pelo Ministério da Saúde não pode ser iniciada até que as fabricantes dos imunizantes enviem dados para a Anvisa poder analisar e aprovar a aplicação da dose de reforço.
Apenas a Pfizer solicitou a mudança no esquema vacinal previsto na bula no Brasil até agora.
O Ministério da Saúde também diminuiu o intervalo de aplicação da dose de reforço de seis para cinco meses após aplicação da segunda dose.
Reforço também na vacina da Janssen, anuncia Saúde
O ministério definiu, ainda, que pessoas imunizadas com a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, terão que receber uma segunda dose, dois meses após a primeira.
Depois disso, de acordo com a pasta, também terão direito a uma dose de reforço, cinco meses após completarem o mesmo ciclo.
Antes do anúncio, o planejamento de reforço da imunização do ministério incluía apenas maiores de 60 anos, pessoas com problemas de imunidade e profissionais de saúde.
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De acordo com dados do ministério, o Brasil já tem 61% da população totalmente vacinada.
O governo garante que tem doses suficientes para aplicação de terceira dose e, inclusive, de uma quarta dose em maiores de 60 anos, quando necessário.
A possibilidade de aprovação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, que está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária não foi levada em conta por Queiroga.
Nesse caso, é aplicada uma dose menor, em embalagem diferente. A dose de reforço para adolescentes de 12 a 18 anos também não está em pauta. Segundo Queiroga, ainda não há estudos sobre reforço para essa faixa etária.
O planejamento do ministério é que a dose de reforço seja preferencialmente dada com uma vacina diferente da que a pessoa tomou no primeiro ciclo vacinal -na maior parte dos casos, será usada Pfizer.
Com informações do Brasil 247 e Reuters