O Ministério da Saúde planeja o começar da vacinação contra a Covid-19 no Brasil em um evento no Palácio do Planalto na próxima terça-feira (19), apesar de o próprio presidente Jair Bolsonaro afirmar que não pretende ser imunizado.
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O objetivo é evitar que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seja protagonista na primeira foto de alguém sendo vacinado no País. Adversário político de Bolsonaro, Doria afirmou nesta quarta (13) que a Coronavac deverá ser disponibilizada para a população imediatamente após a aprovação de seu uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não deu mais detalhes nem datas exatas.
A ideia do ministério é ter pelo menos 8 milhões de doses disponíveis ainda no fim de janeiro para a vacinação, sendo 2 milhões de Oxford/AstraZeneca, que estão sendo importadas da Índia, e 6 milhões da Coronavac, já armazenadas pelo Butantã.
O ministério informou que um avião da companhia Azul sairá do Brasil hoje com destino a Mumbai, na Índia, para buscar as 2 milhões de doses da Astra- Zeneca no laboratório Serum. A carga é estimada em 15 toneladas.
A aeronave partirá do Recife às 23 horas e a previsão de retorno é no próximo sábado. A volta será pelo aeroporto do Galeão, no Rio, cidade onde as doses ficarão armazenadas.
“Temos duas vacinas para janeiro, muito promissoras, oito milhões de doses. Quando a Anvisa concluir sua análise, 3, 4 dias depois estamos distribuindo a vacina no Brasil. Ponto. Anvisa vai se pronunciar no dia 17. Botem aí os números para frente. Se a Anvisa alongar para o dia 20, 22, botem os números para frente, mas é janeiro”, disse.
O prazo, segundo a pasta divulgou ontem em entrevista coletiva à imprensa, é necessário para que as doses sejam divididas em lotes e enviadas para as maiores cidades de cada Estado, de forma que “ninguém fique para trás”.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo