Senado defende legalização de jogos de azar para bancar Renda Cidadã

O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) passou a defender a legalização de jogos como caça-níqueis, bingos e cassinos em resorts para ajudar o governo federal a financiar o pagamento de benefícios do novo programa de transferência de recursos para famílias carentes, o Renda Cidadã. As informações são da Folha de S. Paulo.

Segundo o congressista, a legalização de jogos que demandam uma estrutura menor para funcionamento poderia gerar, a curto prazo, uma renda ao governo de R$ 50 bilhões ao ano. Além disso, poderia gerar cerca de 700 mil empregos diretos e outros 600 mil indiretos.

Tramitam dois projetos sobre o assunto na Casa. Já pronto para votação, há a proposta do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que permite a exploração dos chamados jogos de fortuna, on-line ou presenciais.

O outro projeto é de autoria do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e defende que parte dos impostos arrecadados com o sistema de jogos possa ser usado para custear o novo programa de renda social do governo.

A pedido de Rocha, os dois projetos vão tramitar de forma conjunta, em uma tentativa de que a votação da proposta possa ser acelerada. O relatório único caberá a Coronel.

“O Paulo Guedes disse que minha ideia era ousada, mas ele foi simpático. A única solução para ter dinheiro para o Renda é essa [legalização dos jogos]. Da forma como está não tem a receita. Com os R$ 50 bi poderíamos ter mais pessoas e chegar aos R$ 300 por pessoa, como quer o governo”, afirmou o relator.

Com informações da Folha de S. Paulo