
Sete em cada 10 brasileiros que moram em casas com algum tipo de inadequação são pretas ou pardas, aponta um levantamento feito pelo IBGE. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, em reportagem na Folha de São Paulo.
A pesquisa usou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2019.
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No Brasil, 45,2 milhões de pessoas (21,6% da população total) residiam em 2019 em 14,2 milhões de domicílios com algum tipo de inadequação. Destes, 31,3 milhões eram de cor preta ou parda, ou seja, 69,2%, segundo o levantamento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera como inadequações a ausência de banheiro exclusivo, a existência de paredes externas com materiais não duráveis, o adensamento excessivo de moradores (mais de três moradores para cada dormitório), o ônus excessivo com aluguel (comprometendo mais de 30% da renda familiar) e a ausência de documento de propriedade do imóvel.
Embora pretos e pardos sejam 56,2% da população do país, em quatro das cinco inadequações em domicílios analisadas pela Pnad, a proporção de ocorrência nessa população foi mais que o dobro da verificada entre brancos.
Os problemas em domicílios apontados pela pesquisa aparecem de forma desigual no território brasileiro.
Enquanto a ausência de banheiro atingia 11% da região Norte e apenas 0,2% do Sul e Sudeste em 2019, o ônus excessivo com aluguel alcançou os maiores índices na região Sudeste (5,9%) e o menor na região Norte (2,8%) do país.
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