Motivo de tensão na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei N. 5544/2020 que libera a caça esportiva de animais silvestres, mobilizou socialistas e as redes sociais para barrar a votação da matéria, que estava agendada para esta terça-feira (15). O tema foi parar no topo do ranking dos assuntos mais comentados no Twitter enquanto no Congresso o debate foi adiado para o ano que vem.
Internautas contrários à proposta fizeram uma campanha para alçar a hashtag #PL554Não aos trending topics da rede social. Nas redes, deputados se manifestaram criticamente ao projeto, que eles classificaram como “bolsonarista”.
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A proposta estava sendo analisada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), quando o relator, deputado federal Nelson Barbudo (PSL-MT), retirou o seu relatório favorável à matéria de votação. Ao usar a hashtag levantada por usuários, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) escreveu que o PL é “perverso e covarde”.
Já a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), publicou um post em redes sociais que enfrentou assédio verbal do próprio relator da matéria, que ainda tentava realizar a votação do projeto na comissão.
O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) definiu o projeto como “inconstitucional e imoral”. O parlamentar foi um dos que mais mobilizou as redes sociais em defesa da causa animal, uma vez que possui projetos e ações pela conservação da natureza.
Novo líder dos socialistas na Câmara dos Deputados, Bira do Pindaré (PSB-MA) acusou o governo de forçar a aprovação da matéria para “agradar” a família Bolsonaro, adepta da caça esportiva.