A indicação de Carlos Alberto Decotelli para o cargo de ministro da Educação (MEC) mobilizou parlamentares logo após o anúncio de seu nome pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), demonstrando a expectativa sobre o trabalho que o substituto de Abraham Weintraub terá à frente da pasta. A nomeação dele foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no fim da quinta-feira (25).
“Espero que o novo ministro da Educação consiga superar os retrocessos da pasta na última gestão e dar a devida importância à área. Vários desafios estão postos, como a realização do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e a aprovação do novo Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] voltado para a educação básica”, declarou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, citando as urgências da pasta.
‘Chega de perder tempo!’
Ex-presidente da Comissão de Educação da Câmara, o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), afirmou que espera ver soluções para o setor.”Torço, sinceramente, que o novo Ministro consiga avançar na pauta da Educação. Até aqui, Governo Bolsonaro tratou a área como um problema e não como solução. Esperamos que a educação seja um valor central e estratégico para o desenvolvimento do Brasil. Chega de perder tempo!”.
Vigilância
Aliel Machado (PSB-PR) fez questão de declarar seu apoio, ao mesmo tempo em que reafirmou seu trabalho de vigilância sobre os temas relacionados à educação. “Decotelli tem experiência e competência. Desejo sorte ao novo ministro e espero que sua gestão seja pautada pelo diálogo e pelo respeito às instituições. Vou continuar nosso trabalho de fiscalização e independência, ao tempo que serei aliado quando se tratar do avanço da Educação”, disse o parlamentar.
Mais eficiência
Atuante do segmento da educação, o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) fez questão de demonstrar a lista de desejos em relação à nova gestão. “O Ministério da Educação perdeu um ano em uma cruzada ideológica que só atrapalhou o país. Desejo sucesso ao novo ministro Carlos Alberto Decotelli. Que reabra as portas do MEC para o diálogo e consiga fazer nossa educação mais eficiente. Estamos dispostos a contribuir”, enfatizou.
Distância do Olavismo
Do mesmo modo, João H. Campos (PSB-PE) reforçou seu empenho para o avanço das pautas, independente de posicionamentos políticos. “Faço oposição ao governo Bolsonaro, mas sempre trabalharei pela educação pública brasileira. Por isso desejo uma boa gestão para o novo Ministro da educação, Carlos Alberto Decotelli. Que tenha pulso para desfazer os estragos feitos por seus antecessores”, declarou, desejando que o novo ministro “passe distante das maluquices dos discípulos de Olavo de Carvalho, que ocupam cargos altos no MEC”.