
Parlamentares socialistas comentaram os gastos da família Bolsonaro com o cartão corporativo da Presidência da República, que bateram recorde histórico nos oito meses iniciais de 2021: R$ 5,8 milhões, de acordo com levantamento da revista Crusoé. Com um pedido de autoria feito em maio ao Tribunal de Contas da União (TCU), para os parlamentares, a despesa da família presidencial é uma afronta aos brasileiros, que enfrenta a recessão econômica causada pela pandemia e os retrocessos sociais.
No entanto, antes da denúncia da revista, a suspeita de gastos com cartão corporativo já era debatida na Câmara dos Deputados. Em maio, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou a investigação da verba gasta pelo presidente.
A proposta de auditoria é do deputado Elias Vaz (PSB-GO), com aprovação do relator, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). O autor da proposta disse que o “o cidadão tem o direito de saber como é gasto o dinheiro público”.
Nesta segunda-feira (16), após a veiculação da denúncia pela reportagem, Vaz utilizou as redes sociais para defender a apuração detalhada dos gastos.
O socialista Marcelo Freixo (PSB-RJ) também veio a público ressaltar que os gastos ocorrem num momento em que o Brasil não consegue recuperar a sua economia e enfrenta o crescimento da fome entre a população já atingida pela pandemia.
De acordo com informações da assessoria parlamentar do deputado Elias Vaz, ainda não há informações disponíveis sobre a auditoria solicitada pelos socialistas ao TCU.
Maior gasto da série histórica
O valor dos gastos da família Bolsonaro é o maior da série histórica, iniciada em 2001, quando os presidentes passaram a utilizar a verba. O uso do dinheiro público pelo chefe do Executivo federal não inclui os gastos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que assessora o presidente e o acompanha com grandes comitivas Brasil afora, sendo referentes apenas aos custos com compras domésticas e pagamentos com viagens dos membros que integram a família que habita o Palácio da Alvorada.
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No mesmo período do ano passado, a gastança já havia sido recorde: R$ 4,5 milhões. A reportagem da Crusoé traz ainda um comparativo. Toda a gigantesca estrutura da administração federal que tem direito ao uso de cartões corporativos gastou no mesmo período deste ano R$ 131 milhões.
Com informações do IG Economia