Ministros reprovaram a iniciativa e compararam à do último dia 7, quando presidente foi à corte a pé com empresários

Visita surpresa do presidente Jair Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR), na segunda-feira (25), foi reprovada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Augusto Aras, é o responsável pelo inquérito que apura as acusações do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente.
Segundo a Folha, ministros do STF compararam o gesto do último dia 7, quando o presidente atravessou a Praça dos Três Poderes a pé com empresários para pressionar o Supremo.
No entanto, os ministros alertaram que a iniciativa dessa semana tem um componente adicional de pressão, já que o PGR tem mandato de dois anos e depende do presidente para ser reconduzido no posto.
O entendimento é que a atuação do PGR no inquérito contra Bolsonaro será o momento mais importante para definição do futuro de Aras, seja para seguir no cargo ou para ser indicado, por exemplo, a uma vaga no STF.
Aras foi indicado pelo presidente à chefia da PGR mesmo tendo ficado de fora da lista tríplice da categoria para o cargo e depois de fazer declarações públicas alinhadas a Bolsonaro.