Por seis votos a três, os juízes da Suprema Corte estenderam artigo da Lei de Direitos Civis à comunidade LGBTQI+
Em decisão histórica nessa segunda-feira (15), a Suprema Corte dos EUA proibiu a discriminação no ambiente de trabalho a homossexuais e transsexuais. Por seis votos a três, os juízes entenderam que a Lei dos Direitos Civis de 1964 também deve ser aplicado a comunidade LGBT.
O artigo 70 da Lei dos Direitos Civis proíbe a discriminação em ambientes de trabalho por causa de raça, religião, origem nacional e sexo. Grupos conservadores, aliados ao presidente Donald Trump, defendiam que o termo “sexo” significava apenas que homens e mulheres não podiam sofrer discriminação, mas que a lei não incluía orientação sexual ou identidade de gênero.
No entanto, sindicatos e o movimento LGBT sempre defenderam que a lei de 1964 já incluía a proteção de homossexuais e transsexuais, interpretação chancelada pela Suprema Corte nessa segunda. “Um empregador que demite um individuo simplesmente por ele ser gay ou transgênero desafia a lei”, afirma a decisão do tribunal.
Após o anúncio, virtual candidato democrata na eleição presidencial de novembro, Joe Biden elogiou a decisão. Ele prometeu que, se eleito, vai aprovar a chamada Lei de Igualdade, que proíbe a discriminação contra minorias em qualquer circunstância. Trump e os principais nomes republicanos não se pronunciaram.