
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (11), mais um recorde negativo do governo de Jair Bolsonaro (PL). A inflação de abril, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou a 1,06% e é o maior para o mês desde 1996, quando o índice foi de 1,26%.Nem a queda registrada em março (1,62%) foi capaz de conter o que a população tem sentido todos os dias.
Quando observados os 12 últimos meses, o resultado também desanimador: a inflação saltou para 12,13% no acumulado nos últimos 12 meses. Além de estar acima dos 11,30% medidos para os 12 meses imediatamente anteriores, é a maior inflação para o período de um ano desde outubro de 2003, quando a inflação acumulada bateu em 13,98%.
Apenas em 2002, o IPCA já tem alta acumulada de 4,29%.
Os números divulgados pelo IBGE confirmam 8 meses seguidos de inflação acima dos dois dígitos.
O que deve resultar em nova alta da taxa básica de juros, a Selic. O Banco Central também já admitiu que a inflação deve estourar a meta do governo, pelo 2º ano seguido, prevista em 3,5% para este ano.
Efeito cascata da alta dos combustíveis
A alta da gasolina puxou para cima a inflação e foi responsável por 6,71% no IPCA.
“A gasolina é o subitem com maior peso no IPCA (6,71%), mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular”, explica André Almeida, analista da pesquisa.
Em 12 meses, a gasolina acumula alta de 31,22%, o etanol, de 42,11%, e o diesel, de 53,5%.
Os alimentos também continuam subindo de preços e dificultando ainda mais a vida dos mais vulneráveis. A batata inglesa teve alta de 18,28%, o leite longa vida aumentou 10,31% e o tomate, 10,18%.
No cério desolador de inflação recorde, Bolsonaro também deixa de legado ao Brasil o fato de ser o primeiro presidente, desde o Plano Real, que vai terminar o mandato com o salário mínimo valendo menos do que quando entrou.
Com informações do g1