
O ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos), que tenta alavancar sua pífia candidatura ao Palácio do Planalto, não tem tido sucesso em tentar justificar o recebimento de R$ 3,7 milhões da Consultoria Alvarez & Marsal.
A inteligência do Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu divergências entre as declarações do ex-juiz parcial e documentos apresentados pela empresa, responsável pela recuperação judicial da Odebrecht, um dos alvos da operação Lava Jato e que foi comandada por Moro, em um claro conflito de interesses. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha.
A Alvarez & Marsal diz que Moro não trabalhou em questões ligadas à construtora ou outra empresa ligada investigada pela Lava Jato.
A empresa afirma que Moro cuidava da área de compliance, contratado pela Alvarez & Marsal Disputas e Investigações Ltda. Depois, ele teria ido para a Alvarez & Marsal Disputes & Investigations Inc, nos EUA.
Porém, durante a live em que prometia esclarecer de vez sua relação com a empresa, Moro apresentou nota fiscal em que a filial brasileira da consultoria aparece como a tomadora de serviços, a Alvarez & Marsal Consultoria Em Engenharia Ltda.
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No TCU, a suspeita de que não há separação rígida entre os setores da empresa que pudesse evitar o conflito de interesses na atuação do ex-juiz-parcial.
Na live em que tentou sem sucesso explicar os valores recebidos, Moro tentou minimizar sua situação.
“Basicamente eram 45 mil dólares por mês. Eu recebi parte disso aqui em reais, no Brasil, enquanto não estava com visto nos Estados Unidos, e depois passei a receber lá diretamente”, disse o ex-juiz na live. Segundo ele, com os descontos, ele recebia 24 mil dólares por mês.
Moro também confirmou que recebeu cerca de 150 mil dólares já na assinatura do contrato. O contrato previa duas formas remuneração: o ex-juiz tinha um salário mensal e, também, ganhou esse bônus de assinatura, que recebeu logo quando entrou na empresa.
As investigações sobre a atuação de Moro na consultoria serão aprofundadas pelo TCU.