O ex-juiz parcial e pré-candidato Sergio Moro (Podemos) é sócio em, ao menos, três empresas. Apesar de ter recebido R$ mais de R$ 3,5 milhões da Alvarez & Marsal, consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, que atua na recuperação judicial de empresas envolvidas na Operação Lava Jato, ele nega enriquecimento.
Após deixar o governo de Jair Bolsonaro (PL), que ele ajudou a eleger com sua atuação à frente da Lava Jato, Moro se tornou sócio-administrador empresa Moro – Consultoria e Assessoria Em Gestao Empresarial de Riscos Ltda, em agosto de 2020. A sede fica em Curitiba e apresentou capital social de R$ 30 mil.
Em setembro do mesmo ano, ele também abriu a Esmej – Escola Sergio Moro de Estudos Juridicos Ltda. Também com sede em Curitiba e capital social de R$ 30 mil. A atividade econômica registrada é de educação superior – pós-graduação e extensão.
Três meses depois, em dezembro de 2020, ele passa a ser sócio-administrador de outra empresa: a Wolff Moro Sociedade de Advogados. A sede também é em Curitiba, mas com capital social de R$ 10 mil. A data de abertura da empresa é agosto de 2016.
Alto salário de Moro
Nesta sexta, Moro minimizou o supersalário que recebia na consultoria jurídica Alvarez & Marsal durante live realizada ao lado do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), expoente do MBL. Moro recebia aproximadamente R$ 10 mil por dia na consultoria estadunidense.
“Basicamente eram 45 mil dólares por mês. Eu recebi parte disso aqui em reais, no Brasil, enquanto não estava com visto nos Estados Unidos, e depois passei a receber lá diretamente”, disse o ex-juiz na live. Segundo ele, com os descontos, ele recebia 24 mil dólares por mês.
Moro também confirmou que recebeu cerca de 150 mil dólares já na assinatura do contrato. O contrato previa duas formas remuneração: o ex-juiz tinha um salário mensal e, também, ganhou esse bônus de assinatura, que recebeu logo quando entrou na empresa.