O novo ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que “quem cometeu crime será responsabilizado”. A declaração foi realizada na noite desta segunda-feira (12) em coletiva de imprensa logo após os ataques ocorridos por golpistas em Brasília.
Após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da “despedida” de Jair Bolsonaro (PL) no Palácio da Alvorada, bolsonaristas que não aceitam o resultado das urnas promoveram arruaça em Brasília e tentaram invadir o prédio da Polícia Federal. Além de tentarem entrar na sede da PF, os bolsonaristas ainda depredaram carros que estavam estacionados nas proximidades e chegaram a incendiar ônibus pelo centro da capital do país.
De acordo com o futuro ministro do governo Lula, já foram tomadas medidas para responsabilizar os culpados e que esse processo de identificar e punir os vândalos vai prosseguir nos próximos dias. Segundo Flávio Dino, “Em primeiro lugar, as medidas de responsabilização já adotadas – as que foram adotadas hoje e que vão ser adotadas a partir de amanhã – vão prosseguir”, explicou.
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Para o socialista que assumirá a pasta da Justiça, todas as pessoas envolvidas serão responsabilizadas. “Ninguém, absolutamente ninguém com atos de violência vai fazer cessar a providência de responsabilização. Isso todos podem ficar tranquilos. Com serenidade, com prudência, com tranquilidade, nos termos da lei. Todas as pessoas serão responsabilizadas”, afirmou.
Assista a coletiva de Flávio Dino:
Entenda o caso
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) cometerem crimes de vandalismo na noite desta segunda-feira (12) em Brasília com a tentativa de invasão a um prédio da Polícia Federal. Carros e ônibus foram incendiados.
Para conter os manifestantes, agentes da Polícia Federal usaram bombas de efeito moral e gás pimenta. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve registro de feridos até o início da madrugada desta terça (13).
Segundo nota da Polícia Militar do Distrito Federal, o protesto teve início após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o cacique José Acácio Serere Xavante. A detenção ocorreu pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos pelo prazo de dez dias.