O setor do turismo vive sua maior crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e a queda no número de viagens pode chegar a 80% até o fim de 2020. A estimativa é de um relatório divulgado na última quinta-feira (7), pela Organização Mundial do Turismo (OMT).
No primeiro trimestre deste ano, os desembarques de turistas caíram 22% – em março, a cifra chegou a 57%. As regiões mais afetadas foram Ásia e Europa.
As companhias aéreas foram duramente afetadas desde o início do surto na China, no final de 2019, com a maioria dos voos. Os grupos hoteleiros, os operadores de cruzeiros e os operadores turísticos também estão sofrendo.
Mudanças
A OMT, uma agência da ONU, tinha previsto no início do ano que o turismo internacional cresceria até 4% em 2020, mas mudou as suas previsões no final de março, estimando um declínio de entre 20% e 30%.
Agora, a agência espera que, na melhor das hipóteses, com as restrições de viagem começando a diminuir no início de julho, as chegadas de turistas poderão ficar 58% menores. Se as fronteiras e as restrições de viagem só forem levantadas no início de dezembro, a queda será de 78%.
Se as restrições forem levantadas no início de setembro, o organismo das Nações Unidas prevê uma queda de 70%.
Perdas
Segundo estes cenários, a queda das viagens internacionais poderia conduzir a uma queda de US$ 910 bilhões para US$ 1,2 bilhão geradas pelo setor. Outra projeção é que entre 100 e 120 milhões de empregos diretos no setor de turismo desaparecerão.
A indústria do turismo é responsável por cerca de 10% do Produto Interno Bruto e empregos do mundo.
Com informações da DW Brasil.