O Brasil pode não compor o grupo prioritário de países a receber a vacina contra a Covid-19, que está entre os tratamentos e testes em desenvolvimento por uma iniciativa internacional contra a pandemia, lançada no fim de abril, relata o Valor.
A união entre os países tem propósito equitativo no acesso, mas por atritos causados pelo presidente Jair Bolsonaro o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”.
Além de acumular conflitos diplomáticos com a atuação errática do chanceler Ernesto Araújo, o Brasil destoa do alinhamento que vários governos pelo mundo mantêm em relação às medidas sugeridas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao invés disso, Bolsonaro acusa a OMS de incentivar masturbação de crianças.
A iniciativa reúne países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.
Ministro interino da Saúde diz que participará
Ainda nesta segunda-feira (18), de acordo com o Valor, em uma reunião virtual da Assembleia Mundial da Saúde, o ministro interino da Saúde, General Pazuello, acenou interesse em participar. Porém, Pazuello não citou a colaboração global o “Act Accelerator” ao declarar que o país participará das iniciativas internacionais contra a Covid-19.
Para se ter uma idéia do potencial da iniciativa encampada pelos países da “Act Accelerator”, em apenas algumas horas a União Europeia (UE) conseguiu a promessa coletiva de 7,4 bilhões de euros para financiar o desenvolvimento da vacina.
Se por um lado, estar de fora desse pacto signifique para o Brasil o não acesso prioritário à vacina, além da não influencia nas decisões, por outro o país tem muito a ganhar ao aderir o esforço global já selado.
Exemplo disso pode ser a abertura de oportunidade para a Fiocruz e a indústria brasileira assumirem alguma etapa do processo produtivo desses instrumentos contra a pandemia .
Com informações do Valor Econômico.