
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), classificou a atual situação da pandemia da Covid-19 no Brasil como “a Terceira Guerra Mundial” e afirmou ter endurecido as restrições no estado que governa a partir da próxima quinta-feira (18) para evitar o colapso do sistema de saúde.
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“Adotamos a quarentena para nos antecipar e não vivermos um colapso na saúde”, afirmou na terça-feira (16), quando o Brasil registrou recorde de mortes em razão do coronavírus, com 2.841 mortes confirmadas em 24 horas.
Casagrande também alertou para a necessidade de organização para enfrentar os próximos meses da crise sanitária e econômica instalada no país.
“Os números de hoje retratam efetivamente que vivemos a Terceira Guerra Mundial. Não é um país contra o outro, é contra um vírus. É muito importante que a gente se organize, pois teremos o ano inteiro de pandemia ainda, para enfrentarmos esse tema sem politização”, avalia o socialista para a CNN Brasil.
Novo ministro da Saúde e a agenda prioritária
Para o governador capixaba, a prioridade do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve ser agilizar a contratação e importação de vacinas. Casagrande culpa o atraso na vacinação pelo agravamento da pandemia no Brasil.
“Há quatro razões para estarmos nessa situação: o atraso na vacinação, a ausência de uma coordenação nacional, as novas variantes do vírus e o negacionismo. O que queremos é que o ministro possa priorizar todos os contratos e dar agilidade para que possamos receber as vacinas o mais rápido possível. A vacina vai nos deixar em uma posição vencedora em relação à pandemia”, espera.
Leitos no ES
Casagrande disse que abrirá até o fim de abril 900 leitos para Covid-19 no estado, mas pede que a população colabore.
“A sociedade também tem responsabilidade porque recebem informações e uma parte se nega a reconhecer a gravidade e periculosidade do vírus. Não temos capacidade de fiscalizar todas as pessoas e assistimos toda semana irresponsabilidade com festas clandestinas”.
Casagrande e medidas no ES
Na última terça-feira (16), o governador socialista anunciou novas medidas restritivas que influenciarão o funcionamento do comércio, indústria e serviços públicos no Espírito Santo. Foi decretado um fechamento total durante 14 dias em todo o estado devido ao risco do colapso do sistema hospital diante ao aumento na ocupação dos leitos de UTI. “É quarentena porque não estamos restringindo a circulação das pessoas. Não é um lockdown“, diferenciou.
“Estamos na pior fase da pandemia, enfrentando um ambiente de guerra”, reconheceu. No dia, ele apontou como as principais razões para a disparada do contágio no Brasil a demora na vacinação, a falta de uma coordenação nacional das medidas sanitárias, o surgimento de novas cepas do coronavírus e o negacionismo de parte da sociedade sobre a gravidade da pandemia.
Com informações da CNN Brasil e Folha Vitória