O presidente da China, Xi Jinping, foi reeleito o secretário-geral do Partido Comunista Chinês e deve ocupar o cargo pelos próximos cinco anos. O anúncio foi feito neste domingo (23), pelo próprio presidente, ao fim do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês.
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Este é o terceiro mandato seguido de Xi, consolidando seu poder na liderança do gigante asiático.
O cargo de secretário-geral de presidente na China está entre as funções acumuladas por Xi Jinping. Ele também foi reeleito como líder do exército, além da presidência — posição que está prestes a iniciar um terceiro mandato histórico como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tsé-tung.
De acordo com a Reuters, a decisão de manter Xi Jinping no poder já era esperada.
No final do congresso, o ex-presidente da China, Hu Jintao, foi convidado a deixar o palco. Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, Hu estava com problemas de saúde e precisava descansar.
Mudanças na cúpula do governo chinês
O Comitê Permanente do Politburo é um grupo do governo que fica logo abaixo do líder do partido e responde diretamente à Xi Jinping.
Além do atual presidente chinês, também foram eleitos para o comitês Li Qiang, Zhao Leji, Wang Huning, Cai Qi, Ding Xuexiang e Li Xi.
Durante discurso, Xi anunciou Li Qiang, um ex-secretário do partido em Xangai que não tem relação, como o “membro nº 2” e Zhao Leji, que já era membro do comitê anterior, foi promovido ao “nº 3”. Desde 1990, o membro n° 2 do comitê assume o cargo de primeiro-ministro, enquanto o n° 3 lidera a legislatura.
Antes de anunciarem as mudanças para os próximos cinco anos, foram retirados do comitê o ex primeiro-ministro Li Keqiang, além de outros três membros: Li Zhanshu, Wang Yang e Han Zheng.
Segundo o governo chinês, eles saíram da cúpula por terem atingido o limite de idade, que atualmente é de 68 anos.
Na hierarquia do governo, abaixo do Politburo fica o Comitê Central. Nesse, o limite de idade é de 65 anos, o que fez outros nomes importantes do governo saírem, entre eles Yi Gang, diretor do banco central chinês, e Liu He, vice-premiê e chefe da economia da China.