por: Lillian Bento Postado em: 11/03/2022 - 22:40 Atualizado em: 11/03/2022 - 21:10
Na tarde desta sexta-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a dizer que os americanos não travariam uma guerra com a Rússia, na Ucrânia. Porém, avisou que defenderiam o território dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Ele disse que conversou por telefone por quase uma hora com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem disse manter conversas diárias.
Biden afirmou ter prometido a Zelensky apoiar o país com armas e ajuda humanitária, além de acolher os refugiados da guerra.
“Se tocarem nos países da Otan, vamos responder. Nós defenderemos cada centímetro do território da Otan com todo o poder de uma Otan unida e galvanizada. Mas não entraremos numa guerra contra a Rússia na Ucrânia. Um confronto direto entre a Otan e a Rússia é a Terceira Guerra Mundial. E algo que devemos nos esforçar para evitar”, declarou.
Também hoje, antes do pronunciamento, Biden havia anunciado uma nova rodada de sanções contra o governo de Vladimir Putin, e bloqueou a compra de vodca e diamantes russos.
Confira algumas das sanções impostas a Rússia até o momento:
Suspensão de importação de petróleo
No final de fevereiro, Joe Biden suspendeu a importação de petróleo da Rússia. O país é uma das principais exportadoras de petróleo do mundo com cerca de 7 milhões de barris por dia.
Rebaixamento de status comercial
Junto com o G7, os Estados Unidos anunciou hoje (11) que vai retirar da Rússia o status comercial de “não mais favorecida” – medida que abriria caminho para aumentos de tarifas para produtos russos. A decisão final sobre a retirada dos russos será tomada em coordenação com os demais países do G7 e será decidida pelo Congresso americano.
Isolamento financeiro
O sistema Swift, que permite a transferência rápida de dinheiro entre países, baniu a Rússia. A decisão foi tomara por líderes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
Sanções ao Banco Central russo
Sanções proibiram transações entre o Banco Central russo e os ativos do banco na União Europeia, que deverão ser congelado para impedir o financiamento da guerra.
A medida impede que a Rússia possa usar suas reservas em moeda estrangeira para estabilizar o rublo, que está em queda acentuada.
Leia também: Entenda os reais motivos da guerra da Rússia contra a Ucrânia
Veto a exportações
Os EUA limitaram as exportações para a Rússia de produtos de tecnologia destinados a defesa e aeronáutica. As medidas incluem vetos à exportação de tecnologia, peças e serviços de aeronáutica e aeroespaciais, assim como equipamentos para reforma de refinarias de petróleo.
O Japão, Canadá e Austrália também tomaram medidas semelhantes e cancelaram a permissão de exportação para a Rússia dos mesmos produtos.
Empresas deixaram o país
É cada vez maior o número de empresas que anunciaram a saída da Rússia desde o dia 24 de fevereiro, início do conflito.
Setor de energia
Tanto os Estados Unidos, quanto a União Européia devem endurecer as sanções contra a Rússia no setor de energia. O grupo Gazprom e outras empresas do país não poderão mais obter financiamento em mercados de crédito ocidentais.
Espaço aéreo
A UE anunciou o fechamento do espaço aéreo para aviões russos, inclusive jatos privados. Outros países também adotaram o fechamento e a Rússia está diante de uma zona de exclusão na Europa.
Restrições a pessoas
As sanções afetam indivíduos nos círculos de poder, com o congelamento de ativos ou proibindo a entrada no território da UE. Belarus, acusada
