
Há 63 anos, a Revolução Cubana triunfou sobre a ditadura de Fulgêncio Batista, que abandou a ilha caribenha enquanto Fidel Castro e Che Guevara trilhavam sua chegada ao poder.
Apesar de todas as mudanças vividas pelo mundo nessas mais de seis décadas e as dificuldades impostas ao país, Cuba alcança bons resultados contra a covid-19 e registra crescimento econômico.
No combate à pandemia, foi o primeiro país da América Latina a alcançar 80% de imunização da população com a primeira dose e registra uma das menores taxas de letalidade do mundo.
São 964 mil casos da doença e 8.317 mortos desde o início da pandemia, segundo o Ministério de Saúde Pública.
Com o desenvolvimento de cinco imunizantes próprios, o país possui cerca de 83% da população completamente imunizada e 94,9% com ao menos uma dose.
Apesar da escassez de matéria-prima, a BioCuba Farma manteve produção de 12 medicamentos durante todo o ano.
Crescimento econômico na ilha da revolução
No balanço do Legislativo, o primeiro-ministro Manuel Marrero informou que das 314 medidas presentes na estratégia de desenvolvimento socioeconômico para 2030, 67% – total de 210 medidas – foram concluídas e as demais estão sendo implementadas.
Na mesma sessão, realizada no dia 22 de dezembro, foi aprovado cronograma legislativo para 2022 com previsão de até 27 projetos de lei.
O ano de 2021 registrou taxa de 2% de crescimento econômico. Embora inferior aos 6% estipulados no último balança anual, a ilha experimenta uma realidade bem diferente de 2020, quando houve retração de 20%.
Em 2021 foram criadas 901 pequenas e médias empresas, sendo 865 privadas e 18 estatais, e 18 novas cooperativas agropecuárias, com foco na recuperação da indústria açucareira.
“Nossa prioridade hoje é produzir alimentos”, afirmou o ministro de Agricultura, Ydael Pérez Brito.
A maior abertura ao setor privado faz parte das medidas da Tarefa Ordenamento – reforma econômica que entrou em vigência em janeiro de 2021. O setor estatal ainda é majoritário na economia, empregando cerca de 3 milhões de cubanos do total de 4,6 milhões da população economicamente ativa.
A pandemia tornou o tele-trabalho uma realidade para 552 mil pessoas, segundo o relatório. A taxa de desemprego em Cuba é de 1,4%, uma das menores da região.
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Com informações do Opera Mundi