A CPI ouve nesta terça-feira (10) Helcio Bruno de Almeida. O tenente-coronel da reserva e presidente do Instituto Força Brasil (IFB) iniciou sua fala explicando que no dia 3 de março solicitou ao Ministério da Saúde audiência para saber como seria operacionalizada a participação do setor privado na agenda nacional de vacinação.
O instituto foi procurado pelo reverendo Amilton de Paula para falar sobre a Davati, sua alocação de doses de vacina e aventar a possibilidade de compartilhar as agendas no Ministério da Saúde, segundo o tenente-coronel.
A reunião no ministério ocorreu no dia 12 de março. Desde então, Helcio afirma nunca mais ter visto os representantes da Davati Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominguetti.
O tenente-coronel reformado é presidente do Instituto Força Brasil. O militar tem habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio no depoimento.
Representantes da empresa Davati no Brasil disseram que Helcio Bruno intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca. O requerimento é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Líder do Governo defende diálogo contra radicalização
O líder do Governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lembrou sua história no Congresso Nacional e afirmou que aposta na democracia e no Estado de direito para superar momentos de maior tensão. Ele compartilhou as preocupações de outros senadores, mas apontou alguns excessos nas falas. Para Bezerra, é preciso evitar ambientes de radicalização: “Nosso papel como membros do Congresso Nacional é criar e apostar em um ambiente de diálogo”.
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Senadores se manifestaram por uma hora sobre blindados e voto impresso
Durante uma hora, desde que a CPI foi aberta pelo presidente, Omar Aziz (PSD-AM), os senadores se manifestaram sobre o desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios, no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados deverá deliberar sobre a proposta do voto impresso.
Os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Marcos Rogério (DEM-RO) defenderam a aprovação do voto impresso. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou a interferência do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.
Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) condenaram o desfile de blindados.
O depoente, Helcio Bruno de Almeida, aguarda à mesa para ser inquirido pelos senadores da CPI.
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Com informações da Agência Senado e do UOL