O jornais Globo e Estadão, além de editoriais, abriram suas páginas aos representantes do capital financeiro para um grande ataque à nova política industrial que Lula e Alckmin apresentaram. O plano “Nova Industria Brasil” já havia causado mais alvoroço na Bolsa de Valores que o escândalo das Americanas ou mesmo a Reforma Tributária.
Mentem descaradamente quando dizem que os investimentos na modernização industrial pode comprometer o equilíbrio fiscal, simbolizada para eles na meta do Déficit Zero que já em si uma mistificação. Omitem o fato de que dos 300 bilhões uma boa parte é comporta por financiamentos reembolsáveis.
Mas eles tem razão de estar preocupados. A nova politica industrial pode ser um passo muito importante para um projeto nacional de desenvolvimento. A reconfiguração do parque industrial brasileiro em bases tecnológicas avançadas pode, também, significar a possibiidade de uma verdadeira emancipação econômica brasileira no contexto internacional.
Deixaremos de ser predominantemente exportadores de matérias prima ( minérios, grãos… ) e importadores de produtos tecnológicos, para sermos produtores e exportadores de bens de alto valor agregado.
E isso para os neo-colonialistas do capital financeiro cheira a algo muito detestável para eles: soberania nacional de fato. Não patriotada neo-liberal com a bandeira dos EUA mas o Brasil retomando as rédeas do seu desenvolvimento. Soberanamente.
E quando o PSB propõe no seu novo Programa um “renascimento criativo da indústria”, ele considera também que “uma parte do que se chama desindustrialização corresponde, na verdade, a uma perda do valor da indústria (tradicional) em que os serviços especializados crescem “. E por isso é necessário uma “sofisticação produtiva que possibilite ao Brasil uma inserção soberana nas cadeias de valor do mundo moderno”.
E é disso que o programa “Nova Indústria Brasil “ trata.
Domingos Leonelli
Secretário Nacional de Formação Politica do PSB