
A absolvição do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no segundo julgamento de impeachment no último sábado não encerra os problemas do republicano com a Justiça. Ainda estão em andamento investigações sobre o ataque ao Capitólio no mês passado.
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O resultado do processo de impedimento livrou Trump de consequências políticas mais graves. Funcionários do Departamento de Justiça responsáveis pelo inquérito sobre a invasão ao Congresso dos EUA informaram que o ex-presidente não é o foco principal da investigação.
No entanto, as provas que estão sendo reunidas podem tornar mais compreensível o papel dele no ataque. E, a médio e longo prazos, podem prejudicar sua imagem e seus possíveis planos de concorrer de novo à Presidência em 2024.
A investigação apura se alguns grupos extremistas pró-Trump, motivados pela falsa teoria do presidente de que houve fraude na eleição, conspiraram juntos para planejar a insurreição.
Deputados democratas que lideraram a acusação no processo de impeachment afirmaram que muitos dos manifestantes acreditavam que estavam respondendo a uma convocação de Trump em 6 de janeiro.
Mais de 10 suspeitos já culparam o presidente por parte da violência. O número provavelmente aumentará, conforme mais prisões forem feitas e estratégias legais forem desenvolvidas.
Durante o julgamento, a defesa de Trump alegou que as afirmações do presidente, tanto em suas falsas denúncias de fraude como em seu discurso logo antes da invasão, não incitaram o ataque contra a ordem democrática e são protegidas pela Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão.
Danos à reputação
Após o veredicto no Senado, o ex-presidente disse em um comunicado que o processo fazia parte de uma campanha sem precedentes de “caça às bruxas”.
À medida que a investigação avança e mais provas são reunidas, Trump, mesmo sem ser condenado, pode sofrer mais danos à sua reputação. As provas funcionam como lembretes contínuos do tumulto e revelam relações desconhecidas entre ele e os invasores.
No entanto, as provas que estão sendo reunidas podem tornar mais compreensível o papel dele no ataque. E, a médio e longo prazos, podem prejudicar sua imagem e seus possíveis planos de concorrer de novo à Presidência em 2024.
Com informações de O Globo