O advogado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, conseguiu a liberação da madeira apreendida pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Handroanthus, que realizou a maior apreensão na área ambiental.
A operação foi realizada em dezembro de 2020 e o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, interferiu no caso na tentativa de liberar a madeira. Salles acabou investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de atrapalhar as investigações.
O caso abriu uma crise política e Salles acabou por deixar a pasta em meio a mais denúncias.
A decisão de liberar a madeira apreendida foi do desembargador Ney Bello, do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1). Ele atendeu a pedido de Wassef e concedeu liminar para restituir o material apreendido a uma das empresas alvo da investigação.
Com a liberação, a madeira pode ser comercializada normalmente pela empresa MDP Transportes. A menos que haja alguma restrição administrativa ou comercial.
O desembargador afirmou na decisão que apenas a madeira com origem legal poderá ser liberada.
Em outubro, o mesmo desembargador já havia determinado a devolução de madeiras apreendidas para outras seis empresas sob suspeita. Mas Wassef não está vinculado a elas.
O desembargador é um dos nomes cotados para ocupar uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A escolha será feita por Bolsonaro.
Com informações da Folha