Destaque no quesito Clima e Sustentabilidade, o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) contou ao Socialismo Criativo que o combate à criminalidade na Amazônia deve permear as urgências que o próximo presidente, governadores e o parlamento brasileiro devem enfrentar de frente.
Agostinho falou com o portal durante a cerimônia do 15º Congresso em Foco 2022. No evento, Agostinho destacou a pauta ambiental como urgente para a garantia do desenvolvimento econômico do Brasil.
Ele contou também que o vice Geraldo Alckmin (PSB) tem ajudado Lula na interlocução junto ao agronegócio, segmento do qual o petista ainda tenta reverter resistências.
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O senhor foi um dos poucos que citou no discurso a sustentabilidade e a defesa do meio ambiente. Essa pauta vai ter uma relevância no próximo governo? Por que a gente não consegue avançar com ela agora?
É emergencial que a gente tenha relevância sobre esse tema. Nós estamos brincando com algo que, infelizmente, é muito perigoso.
A perda de floresta vai representar uma grande catástrofe para as cidades brasileiras que vão ficar sem água. A agricultura brasileira está perdendo biodiversidade como nunca.
Este ano nós temos 41% a mais de queimadas do que no ano passado. Em 2021 perdemos um milhão e quinhentos mil hectares, sendo uma média de 2000 campos de futebol por dia. São assustadores esses números.
Isso é ruim para a imagem do Brasil. É ruim para a economia do Brasil e eu espero que esteja como prioridade do futuro presidente, dos governadores e do Parlamento brasileiro. Infelizmente é muito difícil tratar desse tema hoje no Congresso.
Alckmin tem ajudado Lula na interlocução com o agronegócio?
É urgente que esse diálogo aconteça. É urgente que a gente tenha uma política pública pra valer e é urgente esse de combate à criminalidade na Amazônia, seja no caso da agenda da floresta, a gente precisa tanto de ações de comando e controle, Fiscalização, presença do Estado, como também uma política para valorizar a floresta em pé.
Devemos incentivar o turismo na Amazônia, incentivar a prática sustentável e incentivar a economia da floresta. Então, acho que é o grande desafio. Para manter a floresta em pé a gente vai ter que ter uma política pública decente.