Durante coletiva que encerrou os trabalhos da equipe de transição nesta terça-feira (13), o vice-presidente eleito e coordenador da transição Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a cooperação foi “a mais participativa de todos os governos”. Em crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Alckmin afirmou ainda que “não se faz campanha de um governo democrático em cima de uma motocicleta”.
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“Nós podemos dizer que essa foi a transição mais participativa de todos os governos. Foram perto de mil participantes, mas, se contarmos técnicos, participações a distância, foram mais de cinco mil pessoas que deram sua contribuição voluntária”, garantiu.
Oficialmente, foram 940 integrantes. O vice-presidente eleito também citou que houve “metade do gasto e participação muito maior” em relação ao último governo de transição, de Michel Temer (MDB) para Bolsonaro. “Não se faz uma campanha de um governo democrático em cima de uma motocicleta, numa motociata. A gente faz andando, conversando”, completou.
Compareceram ao auditório parlamentares, autoridades e integrantes da transição, incluindo a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e a ex-ministra do Meio Ambiente, adeputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
Depois de agradecer o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo convite de coordenar a transição, Alckmin também agradeceu Aloizio Mercadante, que foi o coordenador técnico dos grupos. Mercadante foi bastante aplaudido. A fala de Alckmin ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, que termina oficialmente com esta cerimônia.
Alckmin irá se reunir com governadores para estabelecer pacto pela educação
Ainda nesta semana, Alckmin vai se reunir com governadores na quinta-feira (15), em um encontro articulado pela ONG Todos Pela Educação e pela Unesco, para estabelecer medidas para a educação no próximo governo.
O objetivo, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, “é criar um pacto para a recuperação da aprendizagem, uma vez que a educação básica foi muito prejudicada com o fechamento das escolas durante a pandemia. O encontro deve contar com a presença de 18 governadores, e outros cinco enviarão representantes”.
A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, e a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, apresentarão aos políticos subsídios técnicos para a formulação de políticas públicas para educação.
“As duas organizações querem incentivar o fortalecimento de uma agenda comum de governadores para a aceleração de resultados. Um dos principais problemas a ser enfrentado nos próximos anos são as desigualdades educacionais”, diz a jornalista.