O governo federal liberou verba para a assinatura de seis contratos de manutenção da Cinemateca Brasileira, que nos últimos meses foi palco de intensa disputa política com a Fundação Roquette Pinto pela gestão do órgão.
A coluna Radar, da Veja, conta que a Cinemateca, sediada em São Paulo, deve receber do governo o valor de 2,8 milhões de reais.
A liberação do recurso ocorre após o governo federal assumir o controle do órgão na manhã de sexta-feira (7), em visita do secretário nacional do audiovisual, Helio Ferraz de Oliveira, acompanhada pela Polícia Federal, para reaver as chaves da instituição.
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De acordo com o colunista, o governo contratou empresas para cuidar da climatização e refrigeração do acervo, de combate a incêndios e proteção do patrimônio. Os serviços ainda incluem o controle de pragas urbanas, vigilância e abastecimento de água e energia elétrica.
A Cinemateca é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual. Criada em 1940, tem atividades em torno da divulgação e da restauração de seu acervo. São 250 rolos de filmes e mais de 1 milhão de documentos.
Contudo, embora a União detenha uma parcela considerável do acervo da Cinemateca, nem tudo é de propriedade do Estado. Famílias e herdeiros possuem o direito de posse de muitos materiais importantes conservados lá.
Segundo a Radar, com a nova situação, o governo deve desistir de transferir a sede da Cinemateca para Brasília, como foi cogitado.
Regina Duarte na Cinemateca
Além disso, abre-se novamente a possibilidade de a atriz Regina Duarte, ex-secretária especial Cultura, assumir cargo de destaque na Cinemateca Brasileira, como havia prometido o presidente Jair Bolsonaro ao dispensá-la da pasta.
“A Regina é um ícone que faz parte da nossa história, merece todo o respeito. É um pedido pessoal do presidente da República. Existe, sim, a possibilidade de ser criada uma secretaria para ela cuidar da Cinemateca e ela vai ser tratada com toda dignidade que merece. Assim que o imbróglio jurídico se resolver”, disse o atual secretário especial de Cultura, Mário Frias, em entrevista à rádio Jovem Pan no dia 28 de julho.
Com informações da Veja e do G1
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