Por Lucas Vasques
Depois do novo aumento dos combustíveis, anunciado nesta segunda-feira (25), Jair Bolsonaro voltou a ventilar a possibilidade de privatizar a Petrobras. Porém, afirmou que não é um processo rápido.
Em vez de elaborar uma política que evite os constantes reajustes no preço dos combustíveis, o presidente prefere pensar em vender a empresa petroleira.
“Isso entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é como alguns pensam, que é pegar a empresa botar na prateleira e amanhã quem der mais leva embora. É uma complicação enorme. Ainda mais quando se fala em combustível. Se você tirar do monopólio do Estado, que existe, e botar no monopólio de uma pessoa particular, fica a mesma coisa ou talvez até pior”, destacou Bolsonaro, em entrevista à rádio Caçula, de Três Lagoas (MS).
Não é a primeira vez que o presidente fala em privatizar a empresa. O assunto sempre esteve nos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não tinha sido analisado por Bolsonaro até o momento.
O presidente já declarou, em outubro, que “tem vontade” de privatizar a Petrobras e ressaltou que vai avaliar com a equipe econômica o que pode fazer neste sentido.
Inflação
Bolsonaro, como vem fazendo com frequência, usou a entrevista para se queixar das críticas que tem recebido por conta do aumento da inflação. Contudo, deixou claro que não vai interferir em preços.
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“Eu não sou malvado, eu não quero aumento de combustível, mas é uma realidade. O mundo todo está sofrendo com a economia neste pós-pandemia. Eu não quero aumentar o preço de nada, mas eu não posso interferir em nada”, afirmou, novamente fugindo de sua responsabilidade em relação à péssima situação econômica do país.
O reajuste
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) que aumentará mais uma vez os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Segundo comunicado da estatal, o reajuste começará a valer a partir de terça-feira (26).
Com isso, o preço médio de venda da gasolina vendido pela estatal passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro (alta de 7,04%). Já o litro do diesel A passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro (alta de 9,15%).
Com informações da Reuters