Com discurso moderado, rejeição do presidente Jair Bolsonaro teve queda de dez pontos, passando de 44% para 34%

Mesmo após a prisão de Fabrício Queiroz, envolvendo seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no esquema das “rachadinhas”, e a marca de 100 mil mortos por Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve a melhor avaliação de seu mandato. A pesquisa foi realizada pelo Datafolha e divulgada na Folha de S. Paulo nessa sexta-feira (14).
Segundo o estudo, o índice dos que consideram seu governo ótimo ou bom subiu de 32%, no levantamento de junho, para 37%, número de agosto. Já os que avaliam a gestão como ruim ou péssima caíram de 44% para 34% no mesmo período. O presidente faz um administração regular para 27%.
Em todo o seu mandato Bolsonaro havia alcançado apenas 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020. Por causa da pandemia, o Datafolha fez as entrevista por telefone, ouvindo 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A melhora na avaliação do governo Bolsonaro coincide com a consolidação do auxílio emergencial de R$ 600 e a moderação no discurso do presidente desde a prisão de Queiroz.
Auxílio emergencial
A região onde Bolsonaro teve o melhor desempenho relativo foi no Nordeste, justamente a região que concentra mais pessoas que recebem o auxílio. Lá, a rejeição ao presidente caiu de 52% para 35%. A avaliação positiva subiu de 27% para 33%, mas ainda é a mais baixa entre as regiões do país. No Sudeste, sua aprovação cresceu de 29% para 36%, enquanto a avaliação negativa foi de 47% para 39%.
Bolsonaro cogita volta ao PSL
Durante live em sua rede social, Bolsonaro afirmou que cogita voltar para o PSL, partido pelo qual foi eleito e do qual se desfiliou no ano passado, após uma briga com dirigentes da legenda. Segundo ele, motivo seria a dificuldade em viabilizar a criação do Aliança pelo Brasil e por isso estaria conversando com outros partidos.
“Alguns sinalizaram, é sinalização apenas, uma reconciliação. A gente bota as condições na mesa de reconciliar e eles botam de lá para cá também. Vou conversai- com o pessoal do PSL, que apesar de eu ter saído, ali tem uns 43,44 parlamentares que conversam comigo. Tem uns oito ali que não dá para conversar tendo em vista o nível para onde conduziu a política, entrando na questão pessoal, atacam pessoalmente (…) Mas a gente está conversando com o PSL também.”, afirmou o presidente.
Com informações do jornal O GLOBO e Folha de S. Paulo