Uma baixaria sem fim foi protagonizada por bolsonaristas nos bastidores do debate presidencial na Band, realizado na noite de domingo (28). O ex-ministro bolsonarista do Meio Ambiente, Ricardo Salles, investigado por suspeitas de participação num esquema de contrabando de madeira, teve um chilique na antessala onde estavam os convidados dos partidos.
De dedo em riste, o seguidor radical de Bolsonaro (PL) partiu para cima do deputado André Janones (Avante), assessor responsável pelo comando das redes sociais da campanha de Lula (PT). Tresloucado e fora de si, Salles gritava “seu bosta” para Janones, tentando ir para cima do parlamentar da cúpula da candidatura do ex-presidente.
A briga aconteceu enquanto o debate acontecia ao vivo, numa sala em que ficavam os assessores dos candidatos, ao lado do estúdio.
Janones foi pré-candidato a presidente, passou a ser articulador da candidatura de Lula nas redes sociais. Ricardo Salles saiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021 e continua sendo um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro.
Adrilles também ofendeu Janones
Depois de acalmarem os ânimos, o clima voltou a pegar fogo. André, após bater boca e ser atacado por Ricardo Salles, ex-ministro bolsonarista do Meio Ambiente investigado por contrabando de madeira, contava o episódio a jornalistas quando foi novamente atacado, desta vez pelo ex-BBB Adrilles Jorge, ferrenho defensor do atual presidente de extrema-direita, e pelo vereador belo-horizontino Nikolas Ferreira, outro seguidor de Bolsonaro.
Janones estava dando uma entrevista a vários jornalistas sobre a discussão com Salles quando foi provocado por Adrilles. Ele chegou gritando: “Não chora, Danones”. O deputado interrompeu a entrevista e falou: “Cala a boca, vagabundo”.
Durante esta segunda confusão, Nikolas Ferreira, candidato a deputado federal, também interrompeu a entrevista do deputado dizendo que ele estava “chorando”. Janones reagiu e o chamou de “mascote da milícia”.
O ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo , outro candidato a deputado, também se envolveu na discussão. Ele fez gestos chamando Janones e foi chamado de “capitão do mato”.