
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) formalizou nesta quarta-feira (30) a troca dos vice-líderes do governo na Câmara dos Deputados. A lista de nomes foi publicada na edição desta quarta-feira (30) no Diário Oficial da União (DOU). A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), considerada uma das aliadas mais próximas ao mandatário, está entre os que foram dispensados do cargo.
Os vice-líderes do governo são parlamentares escolhidos para representar os interesses do Executivo federal nas discussões e votações na Câmara.
Entre as baixas, estão nomes como de Carla Zambelli, Guilherme Derrite (PP-SP), Caroline Rodrigues de Toni (PSL-SC), Aline Sleutjes (PSL-PR), Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior (PSL-RJ), Diego Alexsander Goncalo Paula Garcia (Podemos-PR), Eros Ferreira Biondini (PROS-MG) e Luiz Armando Schroeder Reis (PSL-SC).
Os indicados para os postos foram: Alberto Barros Cavalcante Neto (Republicanos-AM), Marreca Filho (Patriota-MA), Giovani Cherini (PL-RS), Greyce de Queiroz Elias (Avante-MG), Hilkea Carla de Souza Medeiros Lima (PROS-RN), Joaquim Passarinho Pinto de Souza Porto (PSD-PA), Luiz Augusto Carvalho Ribeiro Filho (Solidariedade-SE), Lucio Antonio Mosquini (MDB-RO), Luiz Eduardo Carneiro da Silva de Souza Lima (PSL-RJ) e Paulo Velloso Dantas Azi (DEM-BA).
Além desses, três vice-líderes foram reconduzidos, segundo a liderança. São eles: Aluísio Mendes (PSC-MA), Evair Vieira de Melo (PP-ES) e José Medeiros (PODE-MT).
Para direcionar a pauta legislativa, o governo conta com o deputado Ricardo Barros (PP-PR), no cargo de líder do governo na Câmara. Barros ocupa o cargo desde agosto. Foi ele, inclusive, o responsável por apresentar a nova bancada ao presidente Jair Bolsonaro durante um café da manhã realizado hoje no Palácio da Alvorada nesta quarta.
Em nota, a liderança do governo na Câmara informou que foi adotado um novo critério para escolha desses representantes e cada partido da base de apoio ao governo indicou, por meio do seu líder, um vice-líder.
Fim do ciclo Zambelli
A saída de Carla Zambelli chamou atenção. A proximidade entre ela e o presidente se intensificou após a demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir politicamente na PF.
Ao deixar o cargo, o ex-juiz da Lava Jato também mostrou uma conversa de celular em que Zambelli tentava convencê-lo a ficar no governo em troca de uma vaga no STF, que ela negociaria com o presidente.
Em maio, em entrevista à Rádio Gaúcha, Zambelli antecipou que a Polícia Federal estava prestes a deflagrar operações contra desvios na área da saúde nos estados.
Com informações do Estadão e G1