O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quinta-feira (6), em live no Facebook, federalizar a ilha de Fernando de Noronha, que atualmente pertence ao estado de Pernambuco. Ele não informou, no entanto, como e quando pretende fazer isso.
Bolsonaro estava ao lado do secretário da Pesca, Jorge Seif, que na semana passada visitou a ilha em uma comitiva formada pelos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Milton Ribeiro (Educação), além do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto.
Bolsonaro: “Local de arranjar recursos de fora para o Brasil”
Na viagem, Salles assinou termo liberando a pesca da sardinha no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, o que gerou críticas do governo pernambucano e de ambientalistas.
“Sugeri a gente federalizar Fernando de Noronha; virou ali uma ilha de amigos do rei. E o rei não sou eu”, disse o presidente, queixando-se de uma taxa de acesso cobrada para os visitantes do local. “É um absurdo você vai para uma praia em Fernando de Noronha e pagar R$ 100. […] Isso tem que mudar, pô.”
Segundo site do governo de Pernambuco, é cobrada uma “taxa de preservação” diária de R$ 75,93 para permanecer na ilha.
“Vamos tentar se for possível a gente federalizar Fernando de Noronha. Fazer realmente um polo turístico. Ouvi falar que não pode parar navio lá”, disse o presidente. “Poderia ser um local de arranjar recursos de fora para o Brasil vindo do turismo.”
Covid-19
Na live, Bolsonaro também pediu que os prefeitos “não inventem novos confinamentos” depois das eleições. Foi uma referência velada a um possível agravamento da pandemia da Covid-19, que vem desacelerando nas últimas semanas no país.
A medida vem sendo adotada por diversos países europeus nos últimos dias, diante do aumento de novos casos da doença.
O presidente abordou o tema ao citar dados de recuperação de emprego desde nos últimos meses.
“Estamos positivos desde julho. Então, a economia está reagindo. A gente pede a Deus que volte à normalidade”, disse Bolsonaro. “Que não inventem a partir do ano que vem, depois das eleições, que não inventem novos confinamentos, novos lockdowns.”
Bolsonaro, então, questionou Seif sobre a hipótese de um novo confinamento: “Se você fosse prefeito e fosse eleito, em janeiro você ia decretar lockdown?”. “Nada. Abertura total. Todo mundo trabalhando”, respondeu o secretário.
Com informações do Valor Econômico