
A Polícia Federal (PF) intimou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente Jair Bolsonaro, a depor, como testemunhas, no inquérito que investiga a organização e o financiamento de manifestações antidemocráticas.
O inquérito foi aberto em abril no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. A investigação começou após a realização de atos que pediram o fechamento do Congresso e do Supremo. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
Em junho, uma operação cumpriu mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas e pediu a quebra de sigilo bancário de 11 parlamentares da base do governo Congresso. Nenhum dos filhos do presidente, no entanto, havia sido alvo das diligências.
A investigação, no entanto, é sigilosa e por isso não foram divulgados a data dos depoimentos nem detalhes sobre os motivos para que os filhos do presidente da República sejam ouvidos no processo.
Investigação no gabinete de Jair Bolsonaro
Em outra frente, Aras comunicou ao STF que abriu uma apuração preliminar sobre as movimentações atípicas de assessores no gabinete do atual presidente Jair Bolsonaro quando ele ainda era deputado federal.
Entre os anos de 1991 e 2018, funcionários do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados foram exonerados e recontratados no mesmo dia, muitas vezes com os salários aumentados.
Segundo Aras, “na eventualidade de surgirem indícios suficientes de uma possível prática ilícita pelo representado serão adotadas as medidas cabíveis junto a essa Corte suprema”.
Em documento, no entanto, o PGR destaca que o presidente não pode ser alvo de um inquérito. A chamada imunidade presidencial temporária determina que o presidente não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício do mandato.
Com informações da Folha de S. Paulo