O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (25) que vai deixar a Corte no dia 13 de outubro. A decisão, que antecipa a sua aposentadoria em três semanas, abre a primeira vaga no STF para indicação do presidente Jair Bolsonaro.
Relator do inquérito que investiga se Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, Celso de Mello completa 75 anos em 1.º de novembro, quando se aposentaria de forma compulsória.
No entanto, “razões estritas de ordem médica” tornaram necessária a antecipação da aposentadoria, afirma o ministro, rechaçando outras especulações. Nas redes sociais, bolsonaristas atribuíram a antecipação a uma tentativa de se livrar do imposto de renda.
Além de acelerar as articulações em torno da definição do seu sucessor, também iniciaram a discussão sobre quem deve assumir a relatoria do inquérito que investiga Bolsonaro. Integrantes do STF se dividem sobre o tema e ainda é incerto o destino do caso.
Favoritos
Para o Planalto, é considerada decisiva na definição dos nomes a posição contrária dos postulantes ao cargo à chamada “pauta de costumes”, como a descriminalização das drogas e do aborto.
Segundo o Estadão, o favorito para ocupar a cadeira do decano é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Mas o ministro da Justiça, André Mendonça, também está no páreo, e evangélicos defendem para a vaga o juiz federal William Douglas, que tem apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
A indicação de Bolsonaro, no entanto, precisa passar pelo crivo do Senado. Com isso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem agora uma carta na manga para aprovar sua recondução ao cargo.
Com informações do Estadão