A República Popular da China vai enviar, neste mês de junho, à nova estação espacial chinesa uma tripulação composta por três astronautas. É uma missão de três meses na qual estão previstas saídas extraveiculares (EVA), manutenção e preparação do equipamento orbital e experiências científicas.
A informação foi divulgada pela televisão estatal chinesa, pelo encarregado do programa espacial tripulado, Yang Liwei.
China lançou segundo módulo espacial
O anúncio foi divulgado depois de a China ter lançado um segundo módulo espacial automatizada com combustível e suprimentos para a estação Tianhe (“Harmonia Celestial”, em português), que irá acoplar ao primeiro em órbita desde 29 de abril.
A nova estação que se espera mais duradoura, com mais módulos e com uma maior durabilidade, vai receber a primeira tripulação já no mês que vem através da cápsula Shenzhou 12.
A tripulação vai partir da base de Jiuquan, no noroeste da China, afirmou o antigo astronauta Yang à televisão estatal chinesa CCTV.
Identidades preservadas
Yang, que orbitou a Terra em 2003, não avançou dados sobre as identidades dos astronautas ou a data de partida e disse que a tripulação foi escolhida entre os dois primeiros grupos de astronautas do programa espacial.
Questionado sobre se mulheres vão integrar a tripulação, Yang disse que não, mas que “futuras missões terão”.
A China já enviou 11 astronautas, incluindo duas mulheres, para o espaço, começando com o voo realizado por Yang em outubro de 2003. A primeira astronauta foi Liu Yang, em 2012 e Wang Yaping foi a segunda, em 2013.
Tianzhou-2
A nave Tianzhou-2, que atracou em Tianhe, no último domingo (30), transportou 6,8 toneladas de carga, incluindo fatos espaciais, alimento e equipamentos para os astronautas e combustível para a estação.
A agência espacial chinesa planeia um total de 11 lançamentos até ao final do próximo ano, para entregar mais dois módulos para a estação, suprimentos e os membros da tripulação.
Feitos da China
A nova estação e a instalação de uma tripulação no espaço por parte da China é mais uma demonstração ao ocidente da capacidade chinesa nesta área.
A China nos últimos dois anos já conseguiu proezas científicas dignas de uma máquina bem oleada e experimentada, entre as quais a colocação de dois pequenos rovers na face “oculta da Lua”, o envio de amostras lunar de regresso à Terra e a última ainda neste mês de maio o programa espacial chinês fez pousar em Marte uma sonda, a Tianwen-1, que transportou um rover de exploração do solo do planeta.
Com informações da Agência Brasil