Após três anos do governo de Jair Bolsonaro (PL) e da flexibilização da posse de armas no Brasil, o país chegou a 46 milhões de permissões de compras de armamentos concedidas a caçadores e atiradores.
Esse é o número de armas que podem ser adquiridas por cidadãos comuns que integrem essas categorias. Houve ainda um crescimento no número de pessoas registradas para obter a posse de armas.
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Hoje, o Brasil soma 605,3 mil pessoas, incluindo os colecionadores, que têm carteirinhas ativas para acesso a armamento e munição.
O número é maior do que o total do efetivo de Policiais Militares em ação no país, que hoje chega a 406,3 mil agentes. Ou de de militares em serviços nas Forças Armadas: 357 mil pessoas.
O total de caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs triplicou desde 2019 e chega hoje a 1,25 milhão de registros ativos.
O número é maior do que o número de pessoas autorizadas a ter armas porque cada integrante dessas três categorias podem acumular registros. Ou seja, uma pessoa que está na categoria de caçador, também pode ser atirador ou colecionador.
Outro aspecto preocupante é que o total de armas autorizadas para cada registro aumento desde 2018. Um caçador pode ter até 30 armas e um atirador esportivo, 60. Isso porque desde o início do governo Bolsonaro uma série de restrições de compras foram derrubadas.
O total de permissões para aquisição de armas é 1.451% maior do que a comercialização consentida em 2018, um ano antes das mudanças legais.
Naquele ano, o total ficava em torno de 3 milhões de armas autorizadas a caçadores e atiradores. Sobre as munições liberadas o cenário é ainda mais assustador já que a venda permitida atualmente é de 138,5 bilhões de unidades. Um número 1.548% maior do que as 8,4 bilhões autorizadas em 2018.