
Enquanto a mamata corre solta no governo de Jair Bolsonaro (PL), áreas essenciais para os brasileiros — como a Saúde, Educação, Defesa e Ciência e Tecnologia —, amargam com o bloqueio orçamentário realizado pelo chefe do Executivo após decreto. Ao todo, R$ 8,2 bilhões foram retidos do Orçamento de 2022.
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O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na última terça-feira (31).
Segundo o Planalto, a nova “facada” no orçamento tem o objetivo de assegurar o cumprimento do teto de gastos para que as despesas não excedam a inflação do ano anterior. Em março, o governo já havia cortado mais R$ 1,7 bilhão do orçamento anual.
Os ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia, da Saúde e da Defesa são os mais afetados pelo bloqueio. A retenção de verbas nas quatro pastas somadas chega a R$ 6,4 bilhões, o que corresponde a 78% do corte realizado.
Confira o detalhamento da “facada” de Bolsonaro abaixo:
- Educação: R$ 2 bilhões
- Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 1,8 bilhões
- Saúde: R$ 1,6 bilhões
- Defesa: R$ 1 bilhão
- Infraestrutura: R$ 455 milhões
- Agricultura: R$ 277 milhões
- Cidadania: R$ 257 milhões
- Relações Exteriores: R$ 187 milhões
- Comunicações: R$ 142 milhões
- Justiça e Segurança Pública: R$ 141 milhões
- Minas e Energia: R$ 58 milhões
- Turismo: R$ 55 milhões
- Mulher, Família e Direitos Humanos: R$ 23 milhões
Educação e Ciência sofrem com desmantelo orçamentário
Entre as áreas que devem ser mais atingidas pelos cortes do Orçamento, estão aquelas ligadas à educação, saúde, ciência e tecnologia. O Ministério da Educação, por exemplo, deve ter R$ 3,2 bilhões bloqueados da verba prevista para 2022, o que atingirá institutos e universidades federais.
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sofrerá corte de R$ 3 bilhões, dos quais ao menos R$ 2,5 bilhões devem ser retirados do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) alertaram que os cortes de recursos no setor vão paralisar projetos de pesquisa.