A criatividade tem sido a força impulsionadora mais forte do progresso humano. Desde a utilização do fogo, da invenção da roda, da criação da alavanca, do arco e flecha, , das catapultas nos primórdios da humanidade até as maquinas a vapor, os aviões, a penicilina , o telefone e os computadores eletrônicos dos tempos modernos.
Ao contrário da democracia, uma invenção da modernidade que se tornou um valor universal, a criatividade sempre foi relativizada para o bem ou para o mal. Para a paz e para a guerra. Para curar e para matar. Para escravizar e para libertar.
Mas com a revolução tecnológica do final do século XX e o início do século XXI a criatividade operou uma verdadeira transformação no modo de produção. A própria formação do capital deixou de ter nos investimentos em capital fixo (fábricas, máquinas, matéria prima) o seu principal componente. Agora são os fatores intangíveis como softwares, design e processos, que predominam. Tanto nos países capitalistas como nos socialistas de economia mais avançada.
Foi, porém, no capitalismo que a chamada economia criativa, ou economia do conhecimento, se desenvolveu mais plenamente. E é por isso que o programa do PSB diz que “o socialismo supostamente o sucedâneo histórico ( do capitalismo) precisará demonstrar um potencial criativo pelo menos igual. O capitalismo moderno, sem dúvida criativo, só será efetivamente superado por um Socialismo Criativo”.
Ainda recorrendo ao novo Programa do PSB é necessário observar que “ se a criatividade capitalista tem como objetivo principal a ampliação do mercado e do lucro, a criatividade socialista tem como objetivos a ampliação na sociedade dos espaços de liberdade, o atendimento das necessidades básicas e fundamentais, o bem-estar e a felicidade das pessoas”.
E mesmo numa sociedade ainda capitalista como a que vivemos no Brasil, ao tempo em que defendemos a economia criativa como estratégia de desenvolvimento, somos uma voz crítica dos seus efeitos concentradores de riqueza e de poder. Contudo, não nos paralisamos na crítica ao capitalismo. Precisamos avançar levando à pratica nosso programa. E estamos fazendo isso.
Quando Marcio França, ainda como Ministro dos Portos e Aeroportos, cria uma fórmula para democratizar o acesso a viagens de avião – a passagem de 200 reais- ele deu uma solução criativa para um problema concreto de um grande número de pessoas que não voariam de outra forma.
E agora no Ministério de Empreendedorismo, Marcio poderá desenvolver várias políticas ligadas à Economia Criativa a começar pela concretização de Observatório Nacional de Economia Criativa um velho sonho acalentado pelos mais representativos setores vinculado à essa área.
Outra fórmula criativa oriunda de um ministério dirigido por socialistas é o Celular Seguro, o aplicativo que possibilita o bloqueio de celulares perdidos ou roubados para resolver um problema que se tornou comum nas grandes cidades brasileiras. O Ministro Flavio Dino e sua excelente equipe formada pelos companheiros Ricardo Cappeli, Tadeu Alencar, Elias Vaz e Augusto Botelho, além do corajoso enfrentamento em defesa da democracia, marcou o Ministério da Justiça com a criatividade socialista.
O vice presidente Geraldo Alckmin que também é Ministro de Desenvolvimento Industria e Comercio está liderando, finalmente, uma nova política industrial para o Brasil. Muito além da equivocada “reindustrialização” o programa da Neo-Industrialização corresponde a reconfiguração do parque industrial brasileiro baseada na novas tecnologias. Corresponde, também, ao que chamamos de “renascimento criativo da indústria “no Programa do PSB.
No Espirito Santo, o governador Renato Casagrande implantou um programa chamado ES+Criativo que vem desenvolvendo atividades de mapeamento da Economia Criativa no estado, além de ações de qualificação profissional e estimulando a cultura pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba.
O jovem prefeito socialista, João Campos, trouxe a cidade de Recife para a modernidade implantando o programa Conecta Recife, um aplicativo de serviços de alta performance tecnológica a serviço dos cidadãos pernambucanos.
A deputada socialista Lidice da Mata fundou e preside Frente Parlamentar de Defesa da Economia Criativa de cujo ato inaugural participaram o ministro Marcio França e a ministra da cultura Margarete Menezes.
Outro deputado socialista, Lucas Ramos, é o relator da Lei que institui a Política Nacional da Economia Criativa projeto de lei de autoria de Lídice e do deputado Marcelo Calero. O substitutivo que o deputado Lucas Ramos vai apresentar deverá marcar a história da Economia Criativa no Brasil.
Enfim, o processo da Autorreforma do PSB, lançado por Carlos Siqueira, em 2019 além de um novo Manifesto e de um novo e audacioso programa partidário, está gerando uma marca poderosa para o partido.
Domingos Leonelli
Secretário Nacional da Formação Poltica do PSB