
A Justiça Eleitoral do Rio condenou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), a publicar em seu perfil oficial no Facebook direito de resposta concedido ao PSOL. A informação foi antecipada nesta sexta-feira (27) pelo colunista Ancelmo Gois. O direito de resposta foi concedido após o prefeito gravar um vídeo ao lado do deputado federal Otoni de Paula (PSC) no qual ambos sugerem que o PSOL incentivaria a prática de pedofilia nas escolas municipais caso Eduardo Paes (DEM) seja eleito.
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A decisão afirma que “a liberdade de manifestação do pensamento deve ser exercida com responsabilidade no uso das informações” e que “não há interesse social justo na publicação de informações que se destinem à difusão de malignidade”.
Ofensas
O PSOL gravou na noite desta sexta-feira o vídeo que deverá ser postado por Crivella neste sábado. Nele, a sigla afirma que o prefeito precisa aprender a “respeitar os professores”. Ao Globo, o deputado federal Marcelo Freixo disse que o vídeo publicado pelo prefeito ofendeu não só o PSOL, mas todos os profissionais de Educação.
“O mais importante é destacar o respeito que os professores merecem. Uma pessoa que é prefeita da cidade do Rio não pode desrespeitar professores, dizendo que as escolas podem virar ambiente de pedofilia e que a escola é lugar de troca de favores políticos. Crivella precisa respeitar a Educação e os educadores”, disse Freixo.
Denúncia
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio publicou, também ontem, denúncia contra Crivella e sua candidata a vice, Andréa Firmo (Republicanos), por difamação eleitoral e propaganda falsa em campanha.
Em panfletos distribuídos na campanha, o prefeito do Rio afirmou que Paes é defensor da legalização do aborto, da liberação das drogas e do “kit gay” nas escolas municipais, além de novamente associar o ex-prefeito ao PSOL.
Para a PRE, os crimes foram praticados com dolo, pois foram divulgadas informações em eventos de campanha que depois o prefeito reconheceu em entrevista à imprensa que não correspondiam à verdade. A procuradoria considerou a conduta “extremamente nociva ao processo democrático”.
Com informações do jornal O Globo