
Com pressão por uma nova rodada do auxílio emergencial e a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) derretendo após o fim do benefício, o Ministério da Cidadania quer acelerar a reformulação do programa Bolsa Família. Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, o objetivo é focalizar a concessão do auxílio e, consequentemente, reduzir o seu custo.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse na quarta-feira (27) passada, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que o novo desenho do Bolsa Família está pronto e deve ser lançado já na próxima semana. Após ter trabalhado na reformulação, Onyx pode em breve deixar a pasta para dar lugar a um nome indicado pelo Centrão, em razão dos acordo políticos feitos por Bolsonaro em troca de apoio ao seu candidato na Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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Reformulação acrescentará R$ 10 à renda
A reformulação do Bolsa Família deve elevar o valor médio do benefício dos atuais R$ 190 para R$ 200. Haverá ainda um ajuste no critério de renda para ingressar no programa, que vai permitir a inclusão de cerca de 300 mil famílias.
A situação de extrema pobreza, atualmente reconhecida quando a renda é de até R$ 89 por pessoa, subirá a cerca de R$ 92 por pessoa. Já a situação de pobreza, quando a renda é de até R$ 178 por pessoa, será alterada para aproximadamente R$ 192 por pessoa. O governo também quer criar três bolsas por mérito: escolar, esportivo e científico. A ideia é premiar estudantes de famílias do Bolsa por seus desempenhos nessas áreas.
Empréstimos aos mais pobres
Outras medidas também estão em avaliação, como o fortalecimento do microcrédito para beneficiários do Bolsa Família. O governo quer que essas famílias consigam tomar dinheiro emprestado para usar como capital de giro ou na aquisição de equipamentos e eletrodomésticos para seus pequenos negócios
Auxílio x Eleição no Congresso
No entanto, a discussão sobre uma nova rodada do benefício emergencial ainda permeia a campanha dos principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado – inclusive, daqueles apoiados pelo Palácio do Planalto.
A renovação é dada como praticamente certa, diante do agravamento dos efeitos da doença, embora na quinta-feira (28) o presidente tenha dito que uma nova rodada do auxílio “quebraria” o Brasil.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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