O deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS) organizou um encontro para tratar das dificuldades sofridas pelos agricultores familiares que tentam conseguir crédito junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf). Segundo Schuch, os critérios exigidos no programa, definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), não acompanharam a atual situação econômica dos produtores deixando muitos deles sem os recursos.
Leia também: Socialistas lideram ato em defesa do auxílio emergencial e da renda mínima
De acordo com o deputado, a valorização dos produtos agrícolas, especialmente os derivados de leite, elevou o rendimento médio dos trabalhadores rurais, fazendo com que eles ultrapassasem o teto estabelecido pela Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Ao mesmo tempo, com os sucessivos aumentos do custo de produção, o gasto destes produtores cresceu, mantendo o lucro médio estabilizado ou decrescente. Desta forma, a margem de crédito também caiu, deixando os mais necessitados reféns da burocracia.
Representante do Ministério da Economia na reunião, o secretário de Política Agrícola, Rogério Boueri, se comprometeu a levar a solicitação de revisão dos critérios do Pronaf para a reunião do CMN marcada para a tarde desta quinta-feira (25). Diante da promessa, Schuch afirmou que seguirá acompanhando o andamento da situação.
“Aguardamos com expectativa medidas urgentes do governo para resolver essa situação que está impedindo que muitos agricultores possam contratar financiamento junto aos bancos”, disse.
Recursos liberados após 3 meses
Outro avanço conquistado no encontro foi a liberação de recursos solicitados há três meses pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), representada no encontro pelo seu vice-presidente, Eugênio Zanetti.
Leia também: Sociedade civil se mobiliza para derrubar vetos ao Fundo para Ciência e Tecnologia
Este montante diz respeito ao eixo “Pronaf Mais Alimentos”, que atende demandas de investimento. De acordo com Boueri, ainda esta semana os valores estarão disponíveis para que os agricultores possam formalizar os contratos de investimento.