
Os candidatos a prefeito e a vereador de todo o país começam a fazer a campanha eleitoral com os novos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. A necessidade do distanciamento social e das regras sanitárias farão com que o corpo a corpo nas ruas seja substituído pelo engajamento nas redes sociais.
Em Goiânia, os prefeitáveis Vanderlan Cardoso (PSD), Adriana Accorsi (PT), Maguito Vilela (MDB) e Elias Vaz (PSB) se movimentam e produzem vídeos para as redes sociais e de apoio a postulantes à Câmara Municipal. Gravam vídeos também como candidatos a vereador por suas coligações.
Focos
Vanderlan Cardoso foca a campanha em reuniões com diversos segmentos da sociedade e também com atuação nas redes sociais para apresentar suas propostas à prefeitura de Goiânia, além de lives e vídeos.
Adriana Accorsi abriu a campanha, no domingo, com participação em live, pelas redes sociais, em que apresentou as justificativas de sua segunda candidatura à prefeitura da capital, abordou a história do PT e apresentou os principais pontos de seu plano de governo.
Maguito Vilela utiliza-se das redes sociais para se comunicar com o eleitorado goianiense. Um das suas atividades foi gravar vídeo ao lado do prefeito Gustavo Mendanha (MDB), de Aparecida de Goiânia, candidato à reeleição, para tratar de parcerias entre as duas cidades.
Elias Vaz também tem aproveitado as redes sociais para levar suas mensagens ao eleitor, lembrando o seu vínculo com Goiânia, onde foi vereador por cinco mandatos. Ele apresenta propostas sobre transporte coletivo, mobilidade urbana e preservação ambiental.
Uso das redes
Os prefeitáveis de Goiânia e demais cidades participam de lives e vídeos ao lado de candidatos a vereador de suas respectivas coligações fazendo divulgação de propostas e apresentando os seus aliados ao eleitorado.
Especialistas em direito eleitoral sustentam que o uso das redes sociais é o principal diferencial destas eleições municipais, se comparadas a 2016.
“Nas eleições presidenciais de 2018 tivemos uma experiência com as redes sociais na campanha, mas em 2016 somente o eleitor podia divulgar mensagens e conteúdo dos candidatos. Ou seja, era um engajamento espontâneo. Neste ano, devido à pandemia, a Justiça Eleitoral recomenda o uso das redes, desde que obedecendo as regras” diz Renato Ribeiro de Almeida, membro da comissão de direito eleitoral da OAB-SP.
Pelas regras destas eleições, candidatos, partidos ou coligações poderão usar seus perfis nas redes sociais para pedir votos e divulgar propostas.
Eles também vão poder contratar empresas para impulsionar essa divulgação, mas não poderão comprar cadastros de números de celulares para mandar mensagens pelo WhatsApp, por exemplo. Todos esses gastos terão de ser pagos pela campanha e deverão constar na prestação de contas.
Sem ataques ou fake news
Para evitar o uso indevido das redes sociais na campanha eleitoral, Facebook e Instagram já colocaram em funcionamento um centro de operação virtual para avaliar possíveis casos de fake news e ataques com perfis falsos, por exemplo. O objetivo do grupo é solucionar potenciais problemas identificados pela tecnologia e responder o mais rápido possível.
Com informações do Diário da Manhã