O antigo Ministério da Indústria, Comércio Exterior (Midc) será recriado com o acréscimo dos serviços entre suas finalidades. E a primeira frase apresentada pelo Grupo de Trabalho da transição do novo governo Lula, que propõe a recriação do Mdic, é a de que “O novo Ministério da Indústria e Comércio Exterior – MDIC a ser recriado está orientado para uma economia brasileira inclusiva, inovativa, criativa e sustentável”, diz o documento.
Um grande esforço para a recriação do Mdic, foi liderado pelo ex-ministro Mauro Borges – que juntamente com seus colaboradores, entre eles Luciano Coutinho, Germano Rigotto, Rafael Luchesi; enfrentaram a tarefa de recuperar os efeitos do desmonte da máquina pública que deveria cuidar da indústria, do comércio e dos serviços no Brasil. Esse desmonte refletiu-se na aceleração e ampliação do processo de desindustrialização do nosso país.
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Assim, o primeiro objetivo do novo ministério será a reindustrialização do Brasil em novas bases tecnológicas. O futuro ministério contará, também, com uma Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação e Economia Criativa.
De acordo com o ex-deputado Domingos Leonelli, que faz parte da equipe de transição por parte do PSB, considera importante o reconhecimento da economia criativa como fator estratégico no desenvolvimento nacional. “A presença da economia criativa, no novo ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é um passo adiante na visão sobre o tema, antes considerado apenas como parte da economia da cultura. A economia criativa já foi objeto da atenção do governo da ex-presidente Dilma Rousseff no Ministério da Cultura e conta com um projeto chamado Brasil Criativo, que foi coordenado pela professora Cláudia Leitão. Agora, no novo ministério, a economia criativa cresce conceitualmente e passa a ser reconhecida na sua verdadeira dimensão econômica, que inclui as indústrias culturais, os serviços tecnológicos, o design, a criação de softwares e a formação de arranjos produtivos criativos. Como afirmamos, no novo programa do PSB, inovação e economia criativa constituem-se uma dualidade que pode pavimentar mais rapidamente o caminho do Brasil para a modernidade”, afirmou Leonelli.