O ano de 2022 não deve trazer alívio para o bolso da população que deve seguir pagando o preço pela desastrosa política de Jair Bolsonaro (PL). Apesar de projeções menos pessimistas, não deve haver alívio nas contas.
Economistas consultados para a elaboração do último relatório Focus, do Banco Central, avaliaram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ter avançado 10,02% em 2021. Inicialmente, estimam que a projeção é de alta de 5,03% este ano.
Energia elétrica, aluguel, IPVA e IPTU, entre outros, devem corroer o orçamento das famílias em 2022.
Mesmo com reservatórios em recuperação, as contas de luz seguem altas.
Em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04%.
O governo anunciou que a conta de luz das famílias de baixa renda incluídas na Tarifa Social de Energia Elétrica segue com a bandeira verde em janeiro. Mas nada muda para os demais consumidores, que seguem sendo cobrados pela bandeira escassez hídrica, com custo extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh.
A previsão é de alta também no aluguel.
Em 2021, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulou alta de 17,78%,
A forte alta do IGP-M deve reajustar os aluguéis para cima ao longo de todo o ano.
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Para 2022, os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, avaliam que o IGP-M deve perder forçar e subir 5,49%.
Já o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) vai subir em 2022, acompanhando a valorização de carros novos e usados.
Cada estado tem uma alíquota diferente de IPVA, mas todos levam em conta o valor venal de veículos usados — calculado por meio da tabela Fipe — ou o da nota fiscal de compra, no caso dos veículos novos.
Tantos veículos novos como usados subiram de preço em 2021, o que deve desencadear no aumento do IPVA.
Além disso, várias prefeituras já anunciaram reajustes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Em São Paulo, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou um projeto que corrige o IPTU pela inflação até 2024 com teto de 10%. Ou seja, se a inflação for acima de 10%, só terá correção até esse percentual.
Com informações do g1