O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri foi indiciado por espionagem ilegal, nesta quinta-feira (2), contra contra parentes da tripulação do submarino argentino Ara San Juan, que afundou em 2017 durante seu governo.
A decisão é do juiz federal Martín Bava, que é responsável pelo inquérito contra Macri. O ex-presidente argentino foi multado em 100 milhões de pesos argentinos – cerca de 1 milhão de dólares – e está proibido de deixar o país. Ele também não pode se ausentar de sua residência por mais de 10 dias sem notificar a Justiça.
Como Macri está em viagem ao Chile, o juiz informou que a decisão passa a valer a partir do momento de seu retorno à Argentina.
Do lado das vítimas, a advogada dos familiares, Valeria Carreras, afirmou à mídia nacional que eles estavam aguardando uma decisão como essa contra Macri.
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Em um dos recursos apresentados, a alegação foi que o juiz do caso faz oposição ao partido do ex-presidente. Em outro, que Bava utilizava o período em seu proveito. Os recursos. Nenhuma das alegações foi comprovada.
O juiz federal Martín Bava não iniciou a acusação até ter depoimentos das testemunhas de Macri no caso.
Pouco antes de Bava formalizar a acusação contra Macri, a defesa do ex-presidente pediu à Segunda Seção da Câmara Federal de Cassação Penal para afastar o juiz em questão, embora vários juristas considerem que a defesa de Macri pretende transferir o processo às cortes de Comodoro Py, terreno favorável ao macrismo.
Com informações da Rede Brasil Atual