por: Mônica Oliveira Postado em: 31/07/2020 - 18:02 Atualizado em: 28/06/2021 - 16:00
Enquanto o governo federal tarda em definir uma política emergencial unificada para atender comunidades remanescentes da Amazônia Legal, iniciativas da sociedade civil e comerciantes locais levam alimentos e esperança à essas populações.
A ação conjunta, necessária em tempos de pandemia da Covid-19, resultou na doação de 9,6 toneladas de alimentos produzidos pela Rede de Cantinas da Terra do Meio, incluídos em cestas, com os seguintes itens: castanhas-do-Pará, farinha do coco babaçu e misturas para bolo
O esforço coletivo levou alimento da floresta a 4.500 estudantes e seus familiares, no município de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará.
O mutirão solidário uniu moradores locais, agricultores familiares, nutricionistas, agentes públicos e organizações da sociedade civil, que entregaram à Prefeitura de Vitória do Xingu a doação.
Desde o dia 18 de março, o município mantém suas 24 escolas fechadas, gerando uma demanda ainda maior por alimentação adequada e nutrição das famílias.
“Durante a pandemia, às vezes ficamos sem saber se nossos alunos estão se alimentando bem, ou até mesmo se têm o que comer”, afirmou Danielle Damasceno, nutricionista do município. “Essa é uma história linda, de cada um segurando a mão do outro, com uma cesta rica de alimento e conhecimento. Estamos felizes porque vamos atender todos os nossos alunos.”
Alimentos para atingidos por barragens
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A doação da Rede de Cantinas da Terra do Meio também chegou para o Movimento dos Atingidos por Barragens, que atende famílias de área de risco na região da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e para os Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) no município de Altamira.
“Sem a renda gerada com uma entrega como essa e sem uma estrutura mínima de saúde, dificilmente a gente conseguiria sensibilizar as comunidades a permanecer nos territórios. Mas estamos conseguindo fazer. A maioria está levando à risca e não tem nenhum caso confirmado de Covid-19 nas reservas extrativistas até o momento”, explicou Naldo Lima, assessor das associações de ribeirinhos da Terra do Meio.
