Nesta quinta-feira (20), os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e Gleisi Hoffmann, do PT, vão se reunir para conversar sobre as eleições deste ano e, durante o encontro, a federação de esquerda será um dos principais temas em debate.
As candidaturas aos governos estaduais e ao Congresso Nacional serão diretamente impactadas pelo acerto que pode sair entre as duas legendas. De acordo com o presidente, Carlos Siqueira, o PSB certamente estará apoiando a candidatura nacional do PT, de Lula à presidência da República independente de se consolidar uma federação de esquerda para essas eleições.
Segundo o dirigente socialista, o partido precisa que se estabeleça “um espírito de reciprocidade, independente de pesquisas eleitorais, e observando a realidade política de cada localidade”, ressaltou.
O PSB, por exemplo, já está apoiando as candidaturas do PT em cinco estados brasileiros: Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
No caso de Bahia, em que o candidato do PT não aparece em primeiro lugar nas pesquisas, o PSB não cogita apoiar outro candidato, senão o petista Jacques Wagner.
Foi através do ex-governador de São Paulo, Márcio França, que se iniciaram as articulações políticas para que Geraldo Alckmin se apresentasse como uma opção forte para ser vice na chapa com Lula, independente de estar filiado ao PSB.
Além do reestabelecimento de um clima de confiança mútua e de respeito à história de cada partido, o PSB deverá lembrar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a necessidade de se estabelecer um debate programático com foco tenha um diálogo de confiança e respeito mútuo, além de ter abertura política para analisar candidaturas e plano de governo, uma vez que o PSB não vai abrir com foco na reforma política, reforma tributária, reforma agrária e no modelo de desenvolvimento do país, que deverá passar por um renascimento criativo da indústria, um pouco diferentede uma simples reindustrialização.