Em depoimento, Flávio relatou pela primeira vez indicações de parentes do ex-assessor

De acordo com reportagem do jornal O GLOBO, durante o depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) detalhou pela primeira vez como foram feitas as indicações dos familiares do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz para seu gabinete na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj).
“O trabalho político se faz muito com relacionamento. O Queiroz sempre foi uma pessoa de muito relacionamento nessa parte da segurança e os parentes dele também sempre foram muito bem relacionados nesses bairros que falei, por exemplo (Osvaldo Cruz). Possui familiares lá, amigos, sempre ajudavam muito nessa capilaridade do trabalho. Ele pedia: “Pode dar uma oportunidade para minha esposa porque ela está precisando?”. Pois não, a gente coloca sua esposa lá, pode botar que não tem ninguém agora para indicar para esse cargo. Então, ele geriu esse pessoal para mim “, afirmou Flávio
Flávio ainda contou que quem controlava o trabalho que deveria ser desempenhado pelas filhas de Queiroz era o próprio ex-assessor. Durante a investigação, o MP descobriu que Nathália Queiroz interrompeu os repasses mensais que fazia ao pai logo após o suposto vazamento da investigação da Operação Furna da Onça.
Além dos poucos mais de nove anos em que esteve nomeada por Flávio, Nathália passou quase dois anos lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Nos dois períodos, ela esteve empregada ao mesmo tempo em academias do Rio e atuava como personal trainer.
Segundo jornal, a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, nunca teve crachá da Alerj, embora tenha sido lotada no gabinete de Flávio de março de 2007 a setembro de 2017.
Com informações do jornal O GLOBO