O depoimento de Flávio está marcado para a próxima segunda-feira (20), às 14h, em Brasília

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) será ouvido na próxima segunda-feira (20), às 14h, em Brasília, pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito das investigações que apuram suposto vazamento da Operação Furna da Onça.
A denúncia de vazamento foi feita pelo empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador durante entrevista a Folha de S. Paulo. Segundo ele, Flávio teria recebido informações sigilosas por um delegado.
De acordo com a versão do empresário, participaram também o coronel Miguel Braga, chefe de gabinete do parlamentar, o advogado Victor Alves e Val Meliga, ex-presidente do PSL no Rio e irmã de dois milicianos.
Responsável pela investigação, o procurador Eduardo Benones, do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF, vai à Brasília ouvir o depoimento de Flávio Bolsonaro.
Em nota, a defesa do senador disse que o depoimento está confirmado e que ele vai depor como testemunha “para que a verdade seja restaurada o mais rápido possível”.
“Para que a verdade seja restaurada o mais rápido possível, o senador Flávio Bolsonaro marcou a data para depor junto ao Ministério Público Federal. A previsão é de que o depoimento ocorra na próxima segunda-feira (20/07), quando um procurador da República irá ao encontro do parlamentar, em Brasília. Flávio Bolsonaro prestará depoimento na condição de testemunha.”
Operação Furna da Onça
Segundo Marinho, o suposto vazamento foi de que Fabrício Queiroz e a filha tinham sido citados num relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A operação Furna da Onça investigava um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Durante as investigações, foi revelado uma movimentação considerada atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. Os promotores afirmam que Flávio Bolsonaro é o chefe de uma organização criminosa e identificaram pelo menos 13 assessores que repassaram parte de seus salários ao ex-assessor dele.
Em junho, Queiroz foi preso no sítio de Fredrick Wassef, ex-advogado de Flávio, em Atibaia, no interior de São Paulo, em um desdobramento da investigação do esquema de “rachadinha” no gabinete do senador.