Em seu segundo depoimento, Queiroz também não soube dizer se Flávio Bolsonaro foi informado sobre o documento do Coaf antes de exonerá-lo
O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), prestou seu segundo depoimento nessa quinta-feira (2) a respeito do suposto vazamento de relatório da Operação Furna da Onça. Ao Ministério Público Federal (MPF), Queiroz afirmou que não recebeu informações sobre documento que mencionava seu nome.
Ele também não soube dizer se Flávio foi informado sobre o documento do Coaf antes de exonerá-lo do cargo de assessor na Assembléia Legislativa do Rio, em outubro de 2018, como afirmou Paulo Marinho, empresário e suplente de Flávio, à Folha.
Leia também: Queiroz diz à PF que se demitiu por “cansaço” e nega vazamento de investigação na Alerj
No entanto, Eduardo Benones, responsável pela investigação no MPF, afirmou que “o depoimento sugere e indica que as investigações devem continuar”, já que Queiroz não negou que houve vazamento na operação.
“Ele não afirmou que soubesse da Furna da Onça. Ele não sabe dizer se os outros não sabiam. Não sabe afirmar se houve ou não houve o vazamento. Não é que ele disse que não houve vazamento. O que ele falou é que não chegou até ele”, disse após deixar Bangu 8, onde Queiroz está preso.
Segundo Marinho, operação teria sido “segurada” para que não atrapalhasse Jair Bolsonaro na disputa eleitoral. De acordo com o relato, Flávio foi avisado entre o primeiro e o segundo turnos por um delegado simpatizante da candidatura de Bolsonaro à Presidência.